sábado, 1 de março de 2014

S de sede ou S de saudade?

Tenho sede. Sede de sentir. Sede de viver. Sede de ser.
Se é que se pode ser alguém com sede...
Mas eu tenho sede! 
Jaz o vento lá fora. Sente-se o frio, até no conforto. Está a começar a anoitecer. Daqui a nada vejo o explendor da maravilhosa e impunente senhora e observo-a e contemplo-a, como se mais nada existisse. 
Até lá, observo o vento a dar o ar de sua graça, fazendo dançar frágeis ramos de cada árvore e batendo-me à janela, como se quisesse entrar.
Tenho sede!
Na verdade, todos nós temos sede. Na verdade todos nós procuramos a saciedade. 
Ninguém é só por si alguém completamente realizado! Ou falta algo, ou falta alguém. 
O meu copo já está vazio, mas eu continuo com sede! 
Como é bonita a natureza lá fora....Como ela emerge sem quês nem porquês...Como é fácil contemplá-la. 
O vento começa a ir embora, para outras paragens. Os ramos das árvores começam a ficar estáticos. A chuva começa a parar. Estará tudo pronto a ir dormir? 
Eles a adormecerem e a imponente senhora a reaparecer e brilhar intensamente sobre um manto escuro.
Tenho sede. Secalhar se for dormir passa...Claro que passa! ... Mas amanhã volta! 

Sem comentários:

Enviar um comentário