Se é que se pode ser alguém com sede...
Mas eu tenho sede!
Jaz o vento lá fora. Sente-se o frio, até no conforto. Está a começar a anoitecer. Daqui a nada vejo o explendor da maravilhosa e impunente senhora e observo-a e contemplo-a, como se mais nada existisse.
Até lá, observo o vento a dar o ar de sua graça, fazendo dançar frágeis ramos de cada árvore e batendo-me à janela, como se quisesse entrar.
Tenho sede!
Na verdade, todos nós temos sede. Na verdade todos nós procuramos a saciedade.
Ninguém é só por si alguém completamente realizado! Ou falta algo, ou falta alguém.
O meu copo já está vazio, mas eu continuo com sede!
Como é bonita a natureza lá fora....Como ela emerge sem quês nem porquês...Como é fácil contemplá-la.
O vento começa a ir embora, para outras paragens. Os ramos das árvores começam a ficar estáticos. A chuva começa a parar. Estará tudo pronto a ir dormir?
Eles a adormecerem e a imponente senhora a reaparecer e brilhar intensamente sobre um manto escuro.
Tenho sede. Secalhar se for dormir passa...Claro que passa! ... Mas amanhã volta!
Sem comentários:
Enviar um comentário