- E a forma mais subtil que encontrei de estar perto dele e sentir a sua doçura foi rebentando-lhe borbulhas nas costas, limpando as gotículas de sangue e acariciando-lhe o cabelo. Olhei-o demasiadas vezes de soslaio com medo do que pudesse pensar daquilo que eu poderia estar a sentir. Na verdade queria esconder isso ao máximo. Fixava o meu olhar nos seus lábios enquanto dormia ou meramente fechava os olhos mas não fui capaz de lhes voltar a tocar. Infelizmente tinha a minha saniedade mental bem lúcida das minhas ações e daquilo que elas me poderiam fazer no futuro. Mas a vontade era muita. Vontade de me colar, de me enroscar, de permanecer e/ou simplesmente de me sentir protegida e no lugar certo. Eu tinha a certeza, como nunca deixei de ter, que era ele; que é ele a pessoa certa, mas não tenho nem tinha o direito de lhe dizer isso. Eu não tinha o direito de lhe dizer que só perto dele eu me sentia verdadeiramente viva e feliz. Eu não tinha o direito de lhe dizer que na presença dele era quando os meus sentimentos eram mais puros e verdadeiros, quer expressa-se sorrisos, quer derrama-se lágrimas. Eu não tinha o direito de lhe demonstrar algo mais porque "ele fez as suas escolhas e tu apenas tens de aceitar". Mas a verdade é que eu o beijei; a verdade é que eu senti de novo a pureza daquilo que realmente me une à fragilidade e extravagância dele; a verdade é que eu quiz; a verdade é que eu não tinha nada a perder.
Cada lágrima que caiu, cada palavra que pronunciei, demonstrou a saudade, o ódio, o medo, a insegurança e a necessidade de alguém que se perdeu...por aí, se perdeu...por alguém, se perdeu...
Um texto diferente do que já vi :)
ResponderEliminarGostei
Olá, meu amor :)
ResponderEliminartenho uma publicação no meu blogue, do facebook, que remete para um concurso em que estou a participar :) Agradecia imenso o teu 'gosto' para assim, poder ganhar :) não obrigo ninguém, mas adorava que me ajudasses :) muito obrigada, beijinho :)